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Henrique Meirelles admite novo aumento de impostos “se necessário”

No Brasil, embora o volume de impostos pagos anualmente pelo trabalhador representem quase cinco meses do seu salário, parece que o sacrifício nunca acaba. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nessa segunda-feira (24) que um novo aumento de tributos é uma discussão “que não se coloca no momento”, mas advertiu que “tudo é possível, se necessário”. As declarações foram dadas após participação do ministro em evento da XP Investimentos, na capital paulista. Sobre a possibilidade de rever a alta nas alíquotas dos combustíveis, concedida pelo governo na semana passada, Meirelles disse que vai depender dos impactos da medida.

“Evidentemente que esse é um processo dinâmico, tudo está sujeito a uma reavaliação, que depende da avaliação dos fatos e de determinados impactos econômicos”, afirmou o ministro, sem explicar muita coisa. Segundo Meirelles, no entanto, em vez de novos aumentos de tributo – o que desaguaria, novamente, nas costas do contribuinte – o governo tem buscado alternativas de receita para elevar a arrecadação. Ele deu o exemplo da antecipação do pagamento de outorga do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e a liberação de precatórios depositados na Caixa Econômica Federal.

Assim como fez o presidente Michel Temer (PMDB), o ministro também minimizou o impacto que o aumento de imposto anunciado na semana passada terá sobre a inflação. “Alguma coisa muda na previsão de inflação, mas a inflação está substancialmente abaixo da meta”, garantiu, acrescentando que a alta no tributo não teria sido adotada no ano passado, quando o índice de preços estava acima do teto da meta, mas hoje há espaço. De acordo com Meirelles, os gestores de fundos que participaram da reunião com ele na XP Investimentos não demonstraram preocupação com possíveis impactos da alta do imposto na inflação. ( Diário de Pernambuco).

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