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Forte tremor abala o México e deixa dezenas de mortos

Do G1

Um forte tremor de terra abalou o México na tarde de hoje. O Serviço Geológico dos EUA (USGS) detectou um terremoto de magnitude 7,1 com epicentro perto da cidade de Izucar de Matamoros, que fica ao sul da capital mexicana, às 15h14 (hora de Brasília). A agência Reuters ouviu autoridades locais que contabilizaram 42 mortos no estado de Morelos, 8 na capital federal, e 3 em Puebla.

Há relatos e imagens de construções desmoronadas ou danificadas em diversos lugares da Cidade do México. A Defesa Civil disse à agência Reuters que há pessoas presas e vários focos de incêndio.

O abalo ocorreu exatamente 32 anos depois do grande terremoto mexicano de 19 de setembro de 1985, que matou pelo menos dez mil pessoas — o número total é incerto. “Estou consternada, não consigo parar de chorar, é o mesmo pesadelo que em 1985”, afirmou Georgina Sánchez, de 52 anos, em lágrimas, chorando em uma praça da cidade.

Por conta dessa data, antes do abalo verdadeiro desta tarde, a Secretaria de Proteção Civil mexicana realizou, pela manhã, uma simulação de um terremoto de magnitude 8.0, com epicentro em Guerrero.

O exercício teve início às 11 horas (13 horas em Brasília), pouco mais de duas horas antes do terremoto real, e marcou o aniversário do tremor de 1985. O presidente mexicano Enrique Peña Nieto, que estava em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, decidiu imediatamente voltar a seu país.

‘Pânico’

A advogada curitibana Renata Alves, que vive na Cidade do México, disse ter presenciado cenas de desespero e caos. Ela contou que estava em seu escritório, no sexto andar de um prédio na região da Avenida Reforma, na área central da cidade, quando notou que a terra tremia. No mesmo momento, o local foi evacuado e ela precisou correr, dividindo as escadas com dezenas de pessoas.

“O pessoal começou a descer as escadas, em desespero. Tinha muita gritaria. Teve muita gente em pânico, chorando, tudo isso. Estava todo mundo muito nervoso, sem saber o que fazer. Tivemos que ficar em frente ao prédio, esperando passar”, relatou.

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