A deputada Dulcicleide Amorim (PT) fez, na Reunião Plenária desta quinta (29), um balanço crítico do governo de Jair  Bolsonaro. Na avaliação da parlamentar, o País vive uma crise diplomática “devido ao descontrole emocional do presidente”, com efeitos negativos na área econômica. Ela fez questionamentos, ainda, às privatizações pretendidas e aos cortes de verbas nas áreas da saúde e educação.

A petista destacou as atitudes de Bolsonaro ao ofender a primeira-dama da França, Brigitte Macron, e recusar a oferta de US$ 20 milhões (cerca de R$ 91 milhões), feita pelo G7 para auxiliar no combate aos incêndios na Amazônia. “Não estamos em situação confortável para rejeitar ajuda de outros países”, agregou.

A deputada citou a destruição do meio ambiente e outros problemas, como grilagem de terras, lavagem de dinheiro, coerção de comunidades tradicionais e trabalho escravo. Também condenou a demissão do cientista Ricardo Galvão do comando do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), após o órgão revelar o crescimento do desmatamento.

“Não cabe negar a existência desses fatos lamentáveis e fazer os brasileiros desacreditarem nas instituições”, avaliou. “A nossa população precisa urgentemente se politizar e se informar do que tem acontecido no Brasil. Precisamos estar atentos e ver o que é possível fazer antes que o barco naufrague com todos nós dentro”, emendou Dulcicleide.

Em aparte, João Paulo (PCdoB) afirmou que “o desmantelo do governo está destruindo a nação” e que o desmatamento da Amazônia ameaça a sobrevivência do planeta. “A gestão é ultraliberal na economia, obscurantista na ciência e não tem ética. Não se combate a corrupção com perseguição política e nepotismo. Cadê o Queiroz?”, questionou, na sequência, Teresa Leitão (PT).

Waldemar Borges (PSB) manifestou “perplexidade” com a situação atual do País. Já Tony Gel (MDB) comparou Bolsonaro aos presidentes Donald Trump (Estados Unidos), Recep Erdoğan (Turquia), Nicolás Maduro (Venezuela) e ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. “Em dado momento, aqueles que dirigem grandes nações, em busca de popularidade fácil, passam dos limites. A responsabilidade deles é enorme, milhões de pessoas dependem das decisões desses homens, e se elas são equivocadas, vão pagar um preço enorme”, disse.