Na última quinta-feira (19) a Polícia Federal realizou operação no Hospital Regional de Juazeiro e prendeu a Diretora Administrativa, Hucilene Simões. As investigações apontam fraudes em licitações e desvio de recursos públicos destinados à gestão do Hospital.
Os reflexos da corrupção dentro do HRJ é sentida pelos pacientes, como é o caso da paciente Cristiane Barbosa, segundo os familiares ela está em tratamento oncológico, tem nefrostomia bilateral, uma das nefrostomia soltou.
Uma sobrinha da paciente relatou que ela está sentindo dores fortes no ânus, o tumor está comprimindo, e a mesma apresenta dificuldades para fazer as necessidades, as fezes estão endurecidas, o que faz que ela sinta muita dor.
“E está desde sexta-feira sentindo dores, não tem atendimento adequado, as enfermeiras que aplicam morfina, mas não tá adiantando. A coitada tá morrendo e eu tô desesperada”, desabafou um familiar
Ainda segundo os familiares, a paciente tem que ser encaminhada para APAMI, em Petrolina, a fim de iniciar a quimioterapia, embora o médico disse que ela tem que fazer radioterapia, pois a dor que sente é o tumor invadindo o nervo. A informação passada para os familiares é que a radioterapia só faz nas cidades de Feira de Santana ou Salvador.
UNACON
No dia 11 de setembro, em plena campanha eleitoral, o governador Rui Costa veio a Juazeiro inaugurar o Hospital do Câncer de Juazeiro. Na ocasião o governador disse muito emocionado que a partir daquele momento os pacientes não precisariam mais deslocar para outras cidades para fazer o tratamento oncológico.
O secretário de Saúde, Fábio Villas Boas endossou as palavras do governador, “vai ser um grande passo no tratamento dos pacientes com câncer na região, que oferta serviços para a Bahia e Pernambuco (rede PEBA), pois como não existia radioterapia nem braquiterapia, todos os pacientes eram encaminhados para Salvador. Com a chegada desses serviços, a população de 55 municípios será beneficiada”.
Segundo a propaganda do governo, o hospital contou com investimento superior a R$ 30 milhões entre obras e equipamentos, é uma unidade de alta complexidade em oncologia, e ofertaria o primeiro serviço de radioterapia e braquiterapia do interior da Bahia.
Fonte: Vale em Foco