Policial

Preso da Operação Fulni-Ô que participou de assalto a carro-forte era funcionário de empresa de segurança

Três pessoas foram presas em Petrolina acusadas de envolvimento em explosões de carros-fortes na região. As detenções ocorreram no âmbito da Operação Fulni-Ô, realizada pela Polícia Civil de Pernambuco na última terça-feira (13). Luciano Cordeiro Oliveira, Alan Robson Alves de Souza e Carlos Alberto dos Santos Silva foram encaminhados a delegacia de plantão e em seguida para a Penitenciaria Dr. Edvaldo Gomes. Outros mandados de prisão serão cumpridos na própria penitenciária. 

Integrante da ação que englobou policiais civis de todo o Estado, o delegado Magno Neves fez um balanço positivo da operação. “Ela trouxe e vai trazer um resultado muito bom principalmente para o Sertão pernambucano no que toca a repressão aos crimes violentos praticados contra carros-fortes e agências bancárias, que é sabido por todos quede Pernambuco, principalmente no interior do Estado, vem sofrendo com essas ações intensas por parte desses grupos armados que sejam na cidade, sitiando e colocando a população totalmente em desespero. E por isso tem muitas agências fechadas e o povo tendo que se deslocar de uma cidade para outra. Então isso é um baque muito forte para o crime organizado ou voltado para roubo a banco e carro-forte”, avaliou.

Neves revela que entre os detidos, um era ex-funcionário de uma empresa de segurança da cidade. “Nós registramos aqui em Petrolina principalmente no ano de 2017, algumas ações aqui em Petrolina, o roubo do carro-forte próximo ao HGU, tivemos o estouro do carro-forte perto de Pau Ferro, tivemos a ação no Banco do Brasil de Dormentes, tivemos muitas ações. E essas pessoas que foram presas aqui e tem mais dois que serão cumpridos o mandato de prisão na penitenciária mais tarde tem atuação permanente nesses grupos armados. Inclusive um deles, segundo a investigação aponta, seria ex-segurança da Preserve, motorista de um carro-forte. Então a investigação indica que com essas informações que ele tinha facilitava a ação do grupo e de uma certa forma pegando o povo de surpresa e conseguindo lograr êxito em algumas ações, em outras havia confronto com a polícia, mas no geral, ainda que não conseguisse pegar o dinheiro conseguiam fugir do local e às vezes não ser alcançado”.

Sobre o perfil dos componentes dessas quadrilhas especializadas a assalto a bancos e explosões de carros-fortes, o delegado da Polícia Civil revela a predileção por profissionais habilitados no manuseio de armas. “Nós chegamos a registrar muitas vezes algumas ações dessas, policiais civis de outros Estados, até policiais militares, não me recordo se do Estado de Pernambuco, mas nós tivemos registro de um policial militar do Estado do Ceará lá na cidade de Salgueiro e que resultou na morte de alguns integrantes. Então a gente vê que eles aproveitam do conhecimento dessas pessoas que já foram vigilantes, alguns policiais militares e civis pelo manuseio das armas e eles ficam recrutando essas pessoas e a gente percebe durante as ações é que eles tem muito domínio do armamento que utilizam”.

Durante a Operação Fulni-Ô foram expedidos 43 mandados de prisão preventiva, sendo 15 referentes a presidiários, e 28 mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo Poder Judiciário. Participam 112 policiais civis entre delegados, agentes e escrivães, com apoio de Policiais Militares. Foram cumpridos mandados em Floresta, Serra Talhada, Salgueiro, Cabrobó, Petrolina, Trindade, Garanhuns e Bom Conselho.

 

Artigos relacionados

Deixe um comentário

Fechar