Um vídeo está circulando em alguns canais de Instagram de Pernambuco com a cena de dois cães da raça pitbull atacando um cão de pequeno porte.
As cenas fortes foram registradas na segunda-feira de Carnaval (12 de fevereiro), na rua Arco de Noé, Brejo da Guabiraba, Zona Norte do Recife. Na ocasião, diversas pessoas da rua gritam assustadas e tentam apartar o ataque.
Apesar dos riscos que animais soltos representam tanto para sua própria integridade física quanto para a integridade de outros animais e pessoas, alguns tutores arriscam a atitude desaconselhável.
Segundo uma moradora da área, que não quis se identificar, é comum tutores de animais de grande porte (como é o caso do pitbull) andarem com seus animais sem nenhuma contenção no local.
“É comum, aqui na rua, esses cães ficarem soltos, não só esses do ataque, mas de outros da redondeza. Algumas vezes os tutores estão presentes, mas sem uma guia e focinheira fica difícil prevenir, pois é mesmo que nada. Eles têm muita força! É difícil conter quando o ataque acontece. Todos nós da rua estamos em um clima tenso, pois aqui há muitas crianças que brincam diariamente na comunidade e não se sabe o que pode acontecer por conta da irresponsabilidade desses tutores”, informou.
Em Pernambuco, a lei de número 12.469, de 18 de novembro de 2003, determina que cachorros com histórico de agressividade ou das raças pitbull, pitbull terrier, dobermann e rottweiler devem ser contidos por seus tutores.
Por mais que seu pet seja adestrado, o tutor precisa ter consciência de que comportamento do animal pode ser imprevisível. Inclusive, a orientação para uso de coleira com guia, independente da raça do cão, é feita por profissionais que trabalham com adestramento.
No caso dos cães da Guabiraba, os relatos são de tutores que se negam a ouvir pedidos de vizinhos preocupados.
“No dia que houve o ataque, a tutora do cãozinho tentou falar com o dono, mas o mesmo se exaltou e não quis conversa. Dias depois, os vizinhos disseram que um dos pitbulls estava solto novamente”, contou a moradora.
O cachorro atacado sobreviveu. Segundo a vizinha da família tutora do pet, a comunidade se reuniu para apartar a agressão.
“Demos medicamentos e ele já está melhor, está se recuperando. Mas todo mundo segue com medo porque não é só um irresponsável que deixa esses cachorros de grande porte soltos por aqui não. Eu vivo com aflição”, contou.