As expectativas da Embrapa para os próximos anos são desanimadoras, já que o Governo Federal pretende cortar em 45,5% do orçamento para o próximo ano, e desde já várias medidas têm sido tomadas. Diante do cenário nacional onde o incentivo à pesquisa é cada vez menor, bolsista de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado que desenvolvem pesquisas na Embrapa semiárido foram surpreendidos com as informações passadas em reunião no último dia 11 de setembro.
Diante de representantes da chefia geral e de pesquisa, os bolsistas foram informados que a frota de ônibus da instituição seria reduzida, tendo como consequência uma menor quantidade de vagas e sendo que essas seriam de prioridade dos funcionários e estagiários. A solicitação é que todos os bolsistas só entrem no ônibus quando todos os outros estiverem acomodados, e caso não possua vaga é de responsabilidade do bolsista buscar soluções para ir à Embrapa e/ou retornar a sua casa. Lembrando que a Embrapa Semiárido é situada às margens da BR 428, Km 152, Zona Rural de Petrolina, ficando a quarenta quilômetros do centro da cidade.
No dia 16 de setembro foi dado início a essa estratégia desmoralizante e alguns bolsistas não tiveram vagas nos ônibus. Pesquisadoras se negaram a entrar no ônibus enquanto todos os bolsistas estivessem acomodados. Foi necessário o Chefe de Transporte disponibilizar um carro da empresa para que os funcionários retornassem à cidade. Esse foi o único apoio que tivemos até o momento, mas digno de gratidão. Não esperamos que pesquisadores (orientadores) da Embrapa Semiárido nos ame, mas que tenham atitudes como essas e nos ajude a ter o nosso direito. Afinal os trabalhos precisam ser 0realizados.
Vale salientar, que grande parte dos resultados obtidos até hoje, foram através das atividades realizadas por estudantes de pós-graduação, e a empresa como instituição de pesquisa, necessita dessa mão de obra barata e hoje esnobada, para condução dos experimentos.