Com valorização e apoio da Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), professoras da Escola Municipal Profª Maria Franca Pires, que funciona no Conjunto Penal de Juazeiro, participaram do II Congresso Internacional da “Elas Existem sobre encarceramento feminino”, com o tema: “Abolicionismo Penal – Destruindo por dentro”, apresentando abordagens sobre encarceramento feminino, abolicionismo penal, garantia de direitos de mulheres e adolescentes cis e trans em privação de liberdade e áreas afins.
Na oportunidade foram apresentados três trabalhos acadêmicos com abordagens sobre o encarceramento feminino no Brasil, com recorte do Conjunto Penal de Juazeiro. As produções acadêmicas compartilhadas durante programação do congresso foram: “Alfabetizar na prisão: Desafios de vivências pedagógicas”, com autoria da professora Maria de Jesus Ribeiro de Sousa; “EJA na prisão: Um olhar para as estudantes mulheres do Conjunto Penal de Juazeiro/BA”, da educadora Gilda Pereira de França Silva; e “Mulheres encarceradas no Conjunto Penal de Juazeiro: Vivências de arte e educação”, de Maria Sandra de Souza.
A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Profª Franca Pires, do Conjunto Penal do município, Leuza Lane Ferreira, compartilhou o sentimento de gratidão. “Agradeço o importante apoio da gestão municipal que viabilizou a participação das professoras neste evento internacional, que permitiu darmos visibilidade ao trabalho educativo realizado no Sistema Prisional de Juazeiro, através do ensino municipal”, disse Leuza.
“Participar do II Congresso Internacional da ‘Elas Existem sobre encarceramento feminino’, foi uma grande oportunidade para nós educadoras que representamos o Conjunto Penal de Juazeiro, através da Escola Municipal Maria Franca Pires. Foi uma experiência riquíssima, de grande aprendizado e trocas sensíveis entre pessoas de vários estados do país, e do exterior, que deram contribuições com base nas suas experiências, relatos e vivências a partir de suas respectivas realidades locais”, concluiu Leuza.
Para a superintendente de Gestão Escolar, Programas e Projetos da Seduc, Maria Alexandrina Araújo, a educação é uma ferramenta de transformação social que deve romper fronteiras. “A gestão Suzana Ramos, compreende o papel de transformação social que a educação desempenha, inclusive, para pessoas privadas de liberdade. A humanização é uma das marcas desta gestão, e essa conquista chega para somar às nossas iniciativas socioeducativas”, destacou Alexandrina.
O Congresso:
A segunda edição do Congresso Internacional da “Elas Existem sobre encarceramento feminino”, foi realizada na cidade de Salvador-BA, durante os dias 10, 11 e 12 de maio. O evento é uma iniciativa da Elas Existem, organização que atua na defesa e promoção de direitos das mulheres e das adolescentes cis, trans e travestis que compõem o sistema penitenciário e socioeducativo, lutando pelo desencarceramento, pela redução do sofrimento e pela garantia de direitos dessas pessoas.