A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 7, em Juazeiro, a Operação Além Mar, que mira um esquema criminoso de tráfico internacional de animais silvestres. A ação teve como base a apreensão de espécies ameaçadas de extinção encontradas em uma embarcação brasileira interceptada no continente africano.

A investigação começou após a Guarda Costeira do Togo interceptar, em fevereiro deste ano, um navio vindo do Brasil e com destino ao Benin, transportando 17 micos-leões-dourados e 12 araras-azuis-de-lear — espécies raras e protegidas por acordos internacionais. As licenças CITES apresentadas eram falsificadas e os tripulantes foram presos em flagrante.

Os animais foram repatriados ao Brasil em uma ação conjunta entre o Ibama e a Polícia Federal, sendo levados para centros de reabilitação no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais autorizados pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, os agentes encontraram, em um imóvel de Juazeiro, aves e primatas mantidos em condições insalubres, o que caracteriza maus-tratos e crime ambiental. O local funcionava como ponto clandestino de distribuição de animais silvestres.

Os suspeitos vão responder por organização criminosa, maus-tratos a animais e tráfico internacional de fauna silvestre, com penas que podem ultrapassar 18 anos de prisão.

A Tarde/Foto: Divulgação / PF