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Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de PE propõe criação de uma rede urbana em Petrolina

Roberto Montezuma falou sobre a nova agenda urbana da ONU-Habitat (Foto: Reprodução / TV Grande Rio)

O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), Roberto Montezuma, esteve nesta terça-feira (5) em Petrolina, no Sertão do estado, para falar sobre a nova agenda urbana da ONU-Habitat, programa das Nações Unidas para os assentamentos humanos, e o papel das redes urbanas na efetiva transformação das cidades. O encontro aconteceu na Câmara de Vereadores do município.

Roberto Montezuma destacou que a nova agenda urbana da ONU, lançada em 2016, é prática porque trata de assuntos de sustentabilidade que interessam a todo mundo. Um dos exemplos utilizados pelo presidente do CAU foi a economia.

“Uma cidade que não tem uma economia vibrante, ela morre. Essa economia vibrante não precisa ser uma grande economia. Ela pode ser aquela economia que o cidadão faz em qualquer que seja a crise. Precisamos ter cidades inclusivas porque somos a nona potência do mundo e nosso IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] está quase na ordem do centésimo lugar. Isso é muito ruim. Precisamos integrar todo esse processo. Para isso, a nova agenda urbana vai ajudando a construir essa cidade sustentável”, explica Montezuma.

Um dos objetivos da visita do presidente da CAU foi propor a criação de uma rede urbana em Petrolina. Ele explicou que o desenvolvimento urbano sustentável é a meta do milênio das Nações Unidas. Para que isso aconteça, segundo Montezuma, é preciso existir a colaboração de todos os agentes da sociedade.

Montezuma destacou a praticidade da nova agenda urbana da ONU (Foto: Reprodução / TV Grande Rio)
“A melhor forma de colaboração, de conhecer o que está acontecendo em todas as partes do mundo é através de redes de comunicação. Redes que possam debater, que possam incluir projetos de desenvolvimentos dessas cidades. E como essas redes seguem um processo democrático, todo mundo pode ter acesso através do meio digital, ela é uma forma muito social de expandir e fazer com que a população cobre dos governantes o seu papel na transformação contínua de uma cidade. Uma cidade só se transforma a longo prazo, em 20 anos. Então, 20 anos, é um prazo de cinco gestões municipais. Temos que ter um plano das cinco gestões para que, de fato, passo a passo, a cidade se transforme nessa cidade que todos nós precisamos, nessa bela Petrolina”.
De acordo com o presidente da CAU/PE, as redes precisam nascer nas cidades e se articular com pessoas e grupos da cidade. A partir disso, a rede ganha força. “Com isso, ela se articula com as redes estaduais, nacionais e, por fim, com as redes internacionais. Cada cidade pode ter sua rede de conexão. E o desafio em Petrolina é formar essa rede a partir das forças que estão na própria cidade”, destaca.
“Uma rede provoca encontros físicos em vários pontos da cidade. Isso pode ser um canal de discussão, de engajamento das pessoas pela transformação das cidades. Todas as cidades podem ser melhor do que são hoje, podem se transformar em cidades sustentáveis”, afirma.

Por Emerson Rocha

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