Política

Denúncia de pagamento de propina a membros do Governo Paulo Câmara (PSB) repercute no Plenário

PORTO – “pernambucanos seguem convivendo com interrogações”. Foto: Jarbas Araújo

Informação veiculada na imprensa de que o empresário investigado por corrupção João Carlos Lyra teria admitido, em delação premiada, que entregou propina de empreiteiras a membros do Governo do Estado entre 2010 e 2014 gerou debate no Plenário nesta terça (17). O deputado Álvaro Porto (PTB) lamentou que “os pernambucanos sigam convivendo com interrogações” a poucos meses das eleições para o Poder Executivo estadual. Líder do Governo, Isaltino Nascimento (PSB) pediu “prudência” para que não se façam acusações precipitadas a partir do noticiário.

Álvaro Porto – que trouxe o tema à tribuna – pediu esclarecimentos sobre o envolvimento de nomes do Partido Socialista Brasileiro em seguidas ações da Polícia Federal, como as operações Turbulência e Vórtex, que investigam empresários donos do avião que caiu com o ex-governador Eduardo Campos em 2014 e doadores de campanha do político, e também a Torrentes, que apura possíveis fraudes em compras de materiais destinados a vítimas de enchentes no Estado. “O quadro exige que tomemos a atitude de cobrar esclarecimentos ao Governo. Não dá para fazer de conta que nada está acontecendo”, afirmou Porto.

UCHOA – “Acho que nós devemos tratar disso em termos limpos”. Foto: Jarbas Araújo

Em aparte, Augusto César (PTB) fez coro às preocupações do companheiro de partido. “Todos ficamos perplexos. É importante que os fatos sejam elucidados e que não paire dúvida sobre esse assunto”, pontuou, sendo apoiado por Priscila Krause (DEM) e Socorro Pimentel (PTB).

Também em aparte, o presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa (PSC), divergiu. O parlamentar questionou a credibilidade de informações prestadas em delações premiadas e disse que a Oposição estaria “treinando o discurso político” para atingir o ex-governador Eduardo Campos e o governador Paulo Câmara. “Se vossa excelência parar para ler a denúncia, não tem ali menção a uma participação, direta ou indireta, de Eduardo Henrique Accioly Campos. Acho que nós devemos tratar disso em termos limpos.”

NASCIMENTO – “Temos de ter prudência, sob pena de vermos biografias desconstruídas”. Foto: Jarbas Araújo

Isaltino Nascimento também saiu em defesa do Governo. Da tribuna, o socialista pediu que se mantenha “o nível elevado” da disputa política e lembrou que, em campanhas eleitorais anteriores, candidatos foram prejudicados por acusações das quais terminariam inocentados. “Temos de ter muita prudência, sob pena de, num encanto circunstancial de nos tornarmos arautos da ética e da moralidade, vermos biografias desconstruídas”, ponderou.

 

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