Política

A possibilidade de uma aliança para as próximas eleições em Pernambuco entre o PSB e PT é criticada por Álvaro Porto

ANÁLISE – Para o parlamentar, o arranjo da base de apoio ao Governo é “manifestamente eleitoreiro”. Foto: Jarbas Araújo

A possibilidade de uma aliança para as próximas eleições em Pernambuco entre o PSB, o PT e o grupo do deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) motivou críticas do deputado estadual Álvaro Porto (PTB), durante a Reunião Plenária desta terça (19). O oposicionista ressaltou o histórico de desavenças entre os líderes das legendas no Estado. “Uma chapa como essa será a soma do escárnio com o cinismo”, disparou.

Para o parlamentar, o arranjo da base de apoio ao Governo é “manifestamente eleitoreiro” e produz “uma avalanche de contradições”. “Acompanhar essa arrumação é ver que as conveniências são mais fortes do que as convicções de toda uma vida”, continuou. “As redes sociais já mostram rejeição e ironia do eleitor pelo encantamento repentino de um partido pelo outro. Além do espanto pelo adesismo indecoroso, as articulações têm inspirado piadas que só atestam o descrédito na aliança”, afirmou.

Porto também observou que há denúncias de corrupção que mencionam políticos envolvidos no acordo. “Se não bastasse a deslealdade de um com o outro, a aliança palaciana tem o fantasma de indícios de corrupção”, disse. “Os postulantes ventilados para a majoritária têm seus nomes citados em denúncias, e as gestões socialistas têm sido alvo de operações da Polícia Federal, que investiga esquemas de desvio de recursos públicos”, acrescentou o deputado.

Resposta – Em pronunciamento no Grande Expediente, o deputado Odacy Amorim (PT) opinou sobre o tema. O petista assinalou que “é importante ter coerência”. “O ex-governador Jarbas Vasconcelos é uma pessoa que tem posições e colocou que vai ser possível uma aliança dele com o senador Humberto Costa (PT). Porém, se isso vai acontecer ou não, só o futuro vai dizer.”

O parlamentar ainda comentou a possibilidade de uma candidatura própria do PT ao Governo do Estado: “Não tenho intenção de fazer enfrentamento ao meu partido. O que a Executiva Nacional decidir, vamos respeitar”. Amorim também registrou o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Hoffmann, no processo da Operação Lava Jato. “Hoje não é dia de festa política, mas de responsabilidade, de estarmos focados nisso”, avaliou.

 

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