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General lobista foi recebido na gestão Bolsonaro para tratar de vacina

O general da reserva Cláudio Barroso Magno Filho foi recebido no Ministério da Saúde, na gestão Bolsonaro, para tratar da venda de vacinas. Chama a atenção o fato de o militar, que não tem ligação com a saúde, reunir-se com governo para discutir o assunto. E, mais ainda, o fato de já ter atuado como lobista de uma mineradora investigada pelo Ministério Público Federal.

Conforme publicou a coluna de Paulo Cappelli, no portal Metrópoles, os documentos apontam que a reunião foi organizada pelo então secretário-executivo da pasta, coronel da reserva Élcio Franco, número dois da Saúde. E que o encontro foi no próprio gabinete de Franco, no terceiro andar do ministério.

Os registros indicam que a audiência ocorreu em 24 de fevereiro de 2021, um dia antes de o governo assinar contrato com a Covaxin.

Os registros do Ministério da Saúde mostram que o general Magno Filho participou da audiência na condição de “representante”, mas não apontam a empresa para a qual atuava. Também estavam no encontro a então diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Camile Sachetti; e Francielle Francinato, que comandava o Plano Nacional de Imunização (PNI).

Questionado se conhecia Magno Filho, Écio Franco respondeu: “Eu conhecia quase todos os militares que me procuravam na Saúde. Afinal, foram 39 anos no Exército. Eu não fechava a porta para ninguém que dissesse ter vacina disponível para fornecer. Mas, logo que a reunião começava, exigíamos toda uma documentação para seguir o compliance. Muitos faziam um contato inicial e não voltavam”, afirma Franco.

Indagado sobre qual a empresa que Magno Filho representava, Franco disse não se recordar. Mas afirmou que o general não representou nenhuma fabricante que tenha fechado contrato com o governo para vacinas contra a Covid. A coluna não conseguiu contato com o general Magno Filho. O espaço segue aberto a manifestação.

Bahia Notícias

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