Política

Gabriel abre mão do comando do PSL e suspeita ter levado rasteira na eleição de 2018

“Decepcionado”: é assim que Gabriel Menezes (PSL) se classifica em meio ao turbilhão de informações de candidaturas laranja no PSL. Para o vereador, que disputou uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco na última eleição, o repasse de verbas feito pela legenda foi aquém do que ele precisava para divulgar sua campanha e por isso Menezes suspeita ter levado uma rasteira do partido. Insatisfeito, ele demonstra a vontade de deixar o PSL na próxima janela partidária e garante que não assumirá o comando da legenda em Petrolina. Também afirmou não se surpreender se tiver seus desafetos políticos, Miguel Coelho e Fernando Bezerra Coelho, como colegas de partido.

“Muito decepcionado com todas as informações que tem vindo à tona porque caso se confirmem eu terei a certeza também de que o próprio partido enterrou a minha candidatura. Porque o compromisso que foi firmado comigo quando eu decidi ser candidato e dar suporte a candidatura do federal que apoiei, que foi Luciano Bivar como todos sabem, não foi honrado esse compromisso. E a justificativa que o partido me deu foi justamente a dificuldade financeira”, relembrou.

Para Menezes, a escassez de recursos para a campanha dificultou a divulgação da sua candidatura a deputado estadual. Caso tivesse recebido o valor acordado inicialmente, o parlamentar acredita que teria sido eleito. “Quando a gente vê uma candidatura que teve 274 votos que recebeu R$ 400 mil. Candidata que teve  mil trezentos e pouco votos recebendo R$ 250 mil e nós que fomos, Gabriel Menezes que conseguiu, com muita honra, ser o segundo candidato a deputado estadual mais votado no partido e só recebeu R$ 55 mil e mais R$ 15,5 mil em material a gente se sente extremamente prejudicado. As informações que vem à tona agora não condizem com a justificativa que o partido me deu de que não poderia honrar o compromisso firmado por dificuldade financeira”.

Sobre a desistência em comandar a legenda, Gabriel relatou ter recebido o convite de presidir o Comitê Provisório do PSL ainda no primeiro semestre de 2018, mas optou por assumi-lo após o pleito já visando o ordenamento e filiações voltados para a eleição municipal de 2020. Agora, diante dos escândalos relacionados a legenda, abre mão de tal responsabilidade e até mesmo de continuar no partido. “Comuniquei ao partido, através do comunicado que fiz ao presidente estadual, Marcos Amaral, que não tenho mais interesse em assumir a presidência. Tenho que permanecer no partido até a janela partidária que só abrirá em março do ano que vem lamentavelmente”.

Ainda sobre a liderança do governo no Senado, assumida por Fernando Bezerra Coelho (MDB), Menezes destaca a busca do senador pelo poder e garante não se surpreender caso este assuma o comando do PSL na cidade. “Eu manifestei repúdio e indignação com a nomeação de Fernando Bezerra para líder do governo no Senado porque a gente conhece o oportunismo e o fisiologismo principalmente, desse grupo. O senador Fernando Bezerra teve a oportunidade de declarar apoio ao presidente Bolsonaro no segundo turno e preferiu ficar em cima do muro porque esse é o histórico do grupo, ir para perto do poder. O lado dele é e sempre será o lado da sombra, isso é o oportunismo na mais perfeita definição, lamentavelmente. E também não me surpreenderia se amanhã eles tivessem o comando do PSL”.

 

 

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