Educação

Jogos desenvolvem memória em idosos

Exercícios que estimulam o cérebro e jogos de raciocínio são alternativas para manter uma vida saudável, prevenir doenças e garantir o bem-estar dos 60+

Os jogos fazem parte da infância de qualquer pessoa. Seja com um quebra-cabeça, uma partida de xadrez ou um jogo de dominó, a prática sempre foi sinônimo de lazer e descontração entre amigos e família.

Além disso, hoje eles estão em alta: o Brasil é líder na América Latina e ocupa o 13º lugar no mundo de desenvolvedores de jogos; tanto eletrônicos como de tabuleiro.

Atualmente, eles não são apenas entretenimento e ajudam a exercitar o cérebro, potencializando a aprendizagem em crianças, estimulando a produtividade de profissionais e, principalmente, mantendo habilidades como memória e garantindo qualidade de vida para idosos de maneira divertida e prazerosa.

Segundo Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Método SUPERA, rede de escolas de ginástica para o cérebro, os jogos contribuem para a estimulação das funções executivas que trazem sucesso não apenas na construção de habilidades cognitivas, mas também como socioemocionais, de ética e cidadania.

 “Os jogos exercitam o cérebro e proporcionam oportunidades adequadas para o desenvolvimento humano na interação social, na expressão afetiva, na evolução da linguagem, na experimentação de possibilidades motoras, apropriação de regras sociais e imersão no universo cultural”, conta Solange.

Para os 60+, as principais vantagens de jogar são manter o cérebro – e a memória! – ativo e ainda garantir socialização entre colegas, o que garante momentos de qualidade de vida e bem-estar, além de prevenir o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

“Jogar exige concentração, memória, estratégia, trabalho em equipe e foco para que se alcance objetivos. Com isso, estimulamos o cérebro de forma que criamos novas conexões entre os neurônios, ampliando o que chamamos de reserva cognitiva”, explica a especialista.

“Uma reserva cognitiva maior será muito útil sob o envelhecimento, pois, sob o estresse, circuitos que demandam maior gasto de energia dificilmente serão ativados e você estará confinado a poucas alternativas de resposta. No envelhecimento, as células neuronais tendem a morrer”, complementa.

Os jogos representam uma das ferramentas utilizadas dentro das academias para o cérebro do Método SUPERA.

Com uma metodologia baseada na neurociência, a ginástica cerebral segue os conceitos de novidade, variedade e desafio crescente, em que alunos de todas as idades têm a oportunidade de interagir com jogos de tabuleiro e online, além de outras ferramentas que estimulam o cérebro.

Maria Santana de Souza tem 71 anos e procurou o curso de ginástica cerebral do Método SUPERA em Londrina (PR) porque já tinha histórico de Alzheimer na família. Com treino e persistência, ela conta que os resultados são surpreendentes.

“Comecei a perceber muitas melhoras na minha memória em pequenas situações cotidianas, como lembrar onde guardei as coisas, horários de consultas médicas… Além disso, desenvolvi também minha concentração e autoestima porque em sala de aula eu conheço pessoas novas e faço amigos”, relata Maria.

O desenvolvimento das habilidades socioemocionais também contribui muito para a melhoria da qualidade de vida, fazendo com que as pessoas vivam melhor por mais tempo.

 

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