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A educação tem um papel muito importante em diminuir as barreiras de acesso às mulheres nas carreiras STEAM, aponta Diretora da RNP

As áreas de Ciências, Engenharia, Tecnologia e Matemática ainda carecem de profissionais do sexo feminino

Rio de Janeiro, março de 2022 – Em março, mês da mulher, uma das iniciativas em prol da equidade de gênero que está sempre em pauta é a dificuldade da formação feminina em cursos focados em tecnologia. Muito se falava das carreiras STEM (Science, Technology Engineering and Mathematics, em tradução livre, Ciências, Engenharia, Tecnologia e Matemática), disciplinas mais tradicionais das ciências exatas.

Hoje, diante da importância da inclusão do olhar artístico e criativo no conceito já existente, já se fala na sigla STEAM (Science Technology Engineering, Arts and Mathematics), incluindo a educação em arte como importante, em meio a temas como humanidades, linguagem, design, cultura, fotografia, entre outros, e abrindo espaço para a interdisciplinaridade.

“Desde o início da formação nas escolas deveríamos estimular e desmistificar esses temas como sendo não adequado às mulheres. Na nossa cultura ainda carregamos preconceitos arraigados de que essas competências não são para as mulheres e as que se aventuram por essa trajetória são discriminadas”, explica Iara Machado, diretora de Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento na RNP.

Ainda de acordo com o levantamento, alunos (do sexo masculino) são a maioria dos matriculados em cursos de engenharia, produção industrial, construção e TIC, enquanto a maioria nos campos de educação, artes, saúde, bem-estar, humanidades, ciências sociais, jornalismo, negócios e direito são de alunas. Dentro da população estudantil mundial de mulheres na educação superior, apenas 30% escolheram campos de estudo relacionados a STEAM.

Para Iara, a educação tem um papel muito importante em diminuir as barreiras de acesso as mulheres nas carreiras STEAM. “Isso está mudando, sem dúvida, comparado ao início dos anos 80. Mas ainda há muito o que se fazer e as organizações quando criam políticas que valorizam o papel da diversidade de gênero estão afirmando e se posicionando a esse respeito. Hoje já temos pesquisas relevantes que mostram que organizações mais inclusivas possuem mais capacidade de inovação, criatividade e competitividade”, comenta.

Para mulheres que desejam dar os primeiros passos na carreira, existem hoje uma infinidade de cursos e graduações focadas em formações nas áreas de Ciências, Engenharia, Tecnologia e Matemática. Um exemplo disso é a Escola Superior de Redes (ESR), unidade de serviço da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) criada para promover a capacitação, o desenvolvimento profissional e a disseminação de conhecimento em Tecnologias da Informação. Com 15 anos de atuação, a ESR possui mais de 150 cursos e já capacitou cerca de 30.000 alunos.

Sobre a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)

Somos a rede brasileira para educação e pesquisa. Disponibilizamos internet segura e de alta capacidade, serviços personalizados e promovemos projetos de inovação.

Nosso sistema inclui universidades, institutos educacionais e culturais, agências de pesquisa, hospitais de ensino, parques e polos tecnológicos. Com isso, beneficiamos 4 milhões de alunos, professores e pesquisadores brasileiros.

Ajudamos a trazer a internet para o Brasil e hoje nossa rede chega a todas as unidades da federação. Também estamos conectados às demais redes de educação e pesquisa na América Latina, América do Norte, África, Europa, Ásia e Oceania por meio de cabos de fibra óptica terrestres e submarinos.

Somos qualificados como uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e mantida por esse, em conjunto com os ministérios da Educação (MEC), das Comunicações (MCom), Turismo (Mtur), Saúde (MS) e Defesa (MD), que participam do Programa Interministerial RNP (PRO-RNP).

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