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Município de Juazeiro registra 35 homicídios no primeiro trimestre de 2022

O município de Juazeiro, no Norte da Bahia, vem registrando um alto índice de violência neste ano de 2022. Somente neste primeiro semestre, 35 homicídios foram registrados, o que representa, em média, uma ocorrência a cada 2,5 dias.

De acordo com o titular da Delegacia de Homicídios, Thiago Pessoa, o maior número de casos ocorreu nos bairros  Itaberaba e Antônio Guilhermino.

No Itaberaba um crime que chocou a população foi o assassinato da líder comunitária Iolanda Brito dos Santos, morta a tiros no último dia 10 de março,  dentro de um lava-jato, que fica situado no bairro. Até o momento ninguém foi preso e não há informações sobre a motivação do crime.

Mas, apesar do número significativo de homicídios neste ano em Juazeiro, não houve um aumento em comparação ao primeiro trimestre de 2021, quando foram registrados 36 homicídios no município.

Protesto dos Delegados

Em meio ao alto índice de violência em Juazeiro, os Delegados de Polícia do Estado da Bahia suspenderam no último mês de março as operações policiais, o cumprimento de mandados, além das representações por novas medidas cautelares, inclusive as medidas protetivas decorrentes da Lei Maria da Penha, por 30 dias.

Os profissionais, que também pretendiam entregar de forma formal os cargos, protestam contra o aumento de 4% concedido pelo Governo do Estado, considerado insuficiente pela categoria. Eles se queixam ainda da ausência de diálogo, falta de investimentos na instituição, tanto em estrutura, quanto na contratação de pessoal. Somente em Juazeiro, 90% dos Delegados aderiram ao movimento.

Em nota divulgada hoje (04), o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB/Sindicato), afirmou que foram iniciadas tratativas com um dos interlocutores do governador Rui Costa. Durante a reunião, a liderança fez uma síntese dos inúmeros problemas que enfrentam na instituição, além de demonstrar a defasagem remuneratória existente.

“Feita a exposição, ficou avençado que a demanda seria levada ao governo na tentativa de encontrar uma solução e marcar, o mais rápido possível, outro encontro. Durante o diálogo travado, foi solicitado que não fosse realizada a entrega formal dos cargos até a próxima reunião”.

A ADPEB/Sindicato externou ainda a notoriedade da mobilização realizada pelos seus associados, exaltando sobre a importância da entrega dos cargos comissionados e a necessidade de se manterem mobilizados até o fim de toda a mediação que apenas se inicia.

“Destaca-se ainda, de forma transparente, que nada está garantido. Houve apenas uma promessa de diálogo, devendo todos, que ainda não entregaram seus cargos, refletirem sobre a importância desse momento histórico, aderindo à mobilização”, finalizou o Sindicato.

Redação PNB

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